sábado, 29 de agosto de 2015

And love is a satire.

Ele tem o dom de me fazer feliz, com aquele carinho todo. Toda vez que volta e pega a minha mão.
Ele é único e especial, com uma sintonia, uma alegria sem igual. Na música e na emoção, embala o meu coração.
Aquela agradável sensação de paz, de fogos queimando e risos á toa. Ele me emociona falando assim de como a vida é triste, mas ela pode ser bonita, e ela é bonita, é bonita...
Ele me faz sentir especial, me envolve e me devora. Me chama de linda e me abraça.
Ele tem um sentimento enorme dentro do seu coração que transborda pelas calçadas, pelo ar, e pelos olhos... e a lua estava tão linda quando ele chegou.
Ele tem o perfume mais gostoso de sentir e suspirar, ele me anima e me deixa nas nuvens.
Ele escreve poesias tão lindas, que eu até tenho uma guardada e assim lembrar de seus olhos, do seu toque e do seu coração.
Ele faz minha respiração ofegar por horas sem parar, como se nunca mais tivesse fim.
Ele é tão lindo por fora e por dentro, mas pena que ele não sabe disso.
Quando ele toca meu cabelo, se enrola em mim e me traduz, é parte do mistério que ele surpreende...
A sua foto vai estar sempre guardada e aquela música sempre irá tocar, me lembrando de como é bom tê-lo um dia conhecido.


Ele é o mais doce de todos, aquele doce melhor que chocolate que eu sempre quero ter, porque só ele me faz tão feliz.


sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Meu coração tem mil anos.

Ela era uma mulher que cometia erros, que ás vezes chorava em uma segunda-feira de manhã ou à noite, sozinha em sua cama.
Era uma mulher que com frequência ficava entediada com a vida e tinha dificuldades para acordar para trabalhar de manhã.
Era uma mulher que tinha muitos dias ruins, que se olhava no espelho e se perguntava por que não consegui simplesmente se arrastar para a academia mais vezes, era uma mulher que às vezes odiara o trabalho e questionara seus motivos para viver nesse planeta.
Era uma mulher que às vezes entendia as coisas de modo errado.
Por outro lado, era uma mulher com um milhão de lembranças felizes, que sabia como era viver um amor verdadeiro e que estava pronta para viver mais a vida, amar mais e criar novas lembranças. Se demorassem dez meses ou dez anos,
Independentemente do que existisse mais a frente, ela sabia que podia abrir o coração e seguir o caminho pelo qual ele a levasse. Enquanto isso apenas viveria.



Vamos embora?





"Lembra quando te falei que as estrelas brilham até de dia? E que o amor esta ali e de repente a gente sente que a lua esta bonita la pras 22h, mesmo estando la em cima desde as 16h. Se eu visse um cometa eu te diria que seu brilho se parece com o olhar que tu me causas. E de repente eu estaria la na sala ouvindo um clássico qualquer, buscando uma saída pra dizer que não te amo e esquecer que numa mera tarde em que o dia estava lindo, tu ficou e me encantou com um sorriso que atirou a minha alma, trazendo teu amor como a cura que me cura dessa vontade de querer você pra mim."








quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Amores imperfeitos são as flores da estação.

Tudo está escrito nos detalhes, tudo que faz a diferença em nossa vida, está em simples detalhes.
Enquanto uns se importam com carros, dinheiro, balada e roupas. Eu me importo com um coração. E em como fazer um sorriso brotar com apenas um detalhe. Em como estar feliz, fazer feliz com coisas simples, em palavras, atitudes, chocolates, estrelas e luas, mimos e carinhos.
De nada adianta colecionar amores, cores e dores, se não tem sentido algum no final. Se no final do dia, você percebe que nada disse te faz feliz. Que uma pessoa especial vale mais que tudo.
Que encontrar milhares e milhares de rostos, não te fará mais amado, ou desejado. E qual o sentido?
Do que adianta estar sozinho em meio a multidão, quando apenas uma pessoa bastaria pra preencher seu coração? Quando apenas uma pessoa faz diferença na sua vida, do amanhecer ao anoitecer... que somente uma pessoa te devolve a paz, amor e a alegria, que o detalhe está nisso, na realidade que só enxergamos com o coração.
Que caráter não se constrói em academia, que corpo bonito qualquer um pode ter, mas do que adianta ter uma beleza vazia?
Como dizia O pequeno príncipe: ...
"- Os homens do teu planeta, disse o principezinho, cultivam cinco mil rosas num mesmo jardim... e não encontram o que procuram... - Não encontram, respondi...E, no entanto, o que eles buscam poderia ser achado numa só rosa, ou num pouquinho d’água...- É verdade. E o principezinho acrescentou: - Mas os olhos são cegos. É preciso buscar com o coração...


Mas, sinto muito, se não fui seu mais raro amor.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

E uma hora acontece.



Eu queria ter pegado na tua mão e te tirado de lá. Ter dito que ali era um canto imundo e escuro e tinha ratos e um bando de gente que só queria te sugar. Ter falado que você não precisava ter passado por aquilo, ele não precisava ter te mandado a foto, você não precisava ter passado dois meses dentro de um apartamento, a gente não precisava ter deixado isso tudo ter ido tão longe. Não precisava?
Eu achava que não, que podia te livrar da parte feia e pular logo pra aquela saída do Joá que mostra a praia e São Conrado, aquela em que você me acordava sempre que eu babava do lado do motorista. Achava que sofrer demais e parar no meio do caminho é maldição e que passar por tudo isso é o revés do que eu sentia por você, mas não. Nada disso. O engano foi meu.

A gente precisa passar por tudo isso sozinho. Amar demais me fez entrar numa negação fudida de quem queria pegar no teu braço e te puxar, te arrancar de você e te tacar na rua pra ver se você reagia. Você não queria, por que eu iria te obrigar? Levou um tempo até eu perceber que as pessoas têm o tempo delas, não importa o quanto eu ou você que tá me lendo ou você pra quem eu tô escrevendo achemos que não. Elas precisam se curar sozinhas, caso contrário os outros só vão servir pra salgar os rasgos na pele. Elas precisam passar pelo túnel escuro e ter medo, passar pelos tubos e levar um susto. Entender quem se esconde na gente e precisa sair, porque boa parte do escuro vem da gente, daquelas horas em que a gente se recusa a acender a luz.

Eu te vi em uns momentos que doeram aqui dentro, mas eu não podia fazer nada. Te lembrava constantemente de que tava ali, acho que é isso que a gente tem que fazer, cuidar e cuidar mais um pouco, mas sem invadir o espaço do outro. Afinal de contas, não é a gente que tá sentindo, não adianta querer mexer nos ponteiros que não são nossos na intenção de atrasar ou adiantar alguma coisa. Foi por isso que eu te deixei entrar nessa e fui acompanhando do lado de fora, quando cê caía, eu te lembrava que ia esperar no fim do túnel. Quando cê dizia que ia demorar pra chegar, eu montava acampamento e acendia fogueira, nunca soube se dava pra te aquecer, mas poxa, eu queria diminuir um pouco o frio. E uma hora acontece. sempre acontece.



Não sei quanto tempo vai demorar até você sair daí. Mas você precisa tomar teu tempo e passar por ele, é só mais uma fase, em quanto túneis piores você já não entrou? Eu sei que você tá a pé e deve doer pra cacete, sei porque você é meu Calcanhar de Aquiles e toda vez que eu ouço que você desistiu, eu regrido um pouco também. Eu tô exatamente aqui, parado no mesmo lugar, na porta do túnel. Cê vai se assustar com a luz, com o barulho e com tudo mais, mas é normal. Depois de um tempo dentro da gente, sair é assustador. Me encontra na porta de saída? Fico quietinho e te estendo a mão, cê vai precisar de uma puxada forte pra não desistir de tentar ver o mundo aqui fora. Quando tudo isso passar, me encontra no fim do túnel. Eles vão ter passado, mas eu não. Eu já vou ter passado por tudo isso com você.

Quando alimentamos rancores, morremos aos poucos.

A filha chegou para o pai e disse:
– Pai, não aguento mais a minha vizinha!  Quero matá-la, mas tenho medo que descubram.
– O senhor pode me ajudar?
– Posso sim meu amor, mas tem um porém…Você vai ter que fazer as pazes com ela para que ninguém desconfie que foi você, quando ela morrer.Vai ter que cuidar muito bem dela, ser gentil, agradecida, paciente, carinhosa, menos egoísta, retribuir sempre, escutar mais…Tá vendo este pozinho aqui? Todos os dias você vai colocar um pouco na comida dela. Assim, ela vai morrer aos poucos.
Passado os 30 dias, a filha voltou e disse ao pai:
– Eu não quero mais que ela morra! Eu passei a amá-la. E agora? Como eu faço para cortar o efeito do veneno?
O pai, então, respondeu:
– Não se preocupe! O que eu te dei foi pó de arroz. Ela não vai morrer, pois o veneno estava em você!.
Quando alimentamos rancores, morremos aos poucos. Que possamos fazer as pazes conosco e com quem nos ofendeu.
Que possamos tratar aos outros, como gostaríamos de ser tratados.
Que possamos ter a iniciativa de amar, de dar, de doar, de servir, de presentear…e não só a de querer ganhar, ser servido, tirar vantagem e explorar o outro.
(Autor Desconhecido)

Quando alguém te machuca é como se tivesse sido mordido por uma cobra. A ferida pode ou não ser grande, mas podemos fechá-la e curá-la. O ruim é quando a mordida é venenosa. Os venenos mais comuns são a vingança, olho por olho e busca de justiça a todo custo.

“Estes venenos podem estar atuando dentro de nós por anos, devorando-nos internamente e fazendo com que nossa vida perca a alegria e esperança.”

Guardar rancor é humano, muito humano. Mas perdoar também. E errar. Dizem que quem não ama não perdoa. Na verdade, é precisamente o amor o culpado do perdão. O amor ao outro, à vida, ao mundo e a si mesmo.

Ou seja, o perdão de verdade não existe se não houver nada que o justifique. Pode haver bondade, responsabilidade e indiferença, o que quiser, mas a única maneira de alcançá-lo é amor.
Além disso, dizem que de algum modo o perdão é sinônimo de liberdade. Na verdade, nossas feridas emocionais vão se curar apenas quando falarmos sobre o nosso passado e nossa dor sem lágrimas, depois de termos perdoado e esquecido.

No entanto, o perdão não significa que temos de apagar o passado ou esquecer a dor, mas perdoar é criar uma nova forma de lembrar e de olhar para o nosso presente e futuro.


terça-feira, 25 de agosto de 2015

Será mesmo que não era a hora?

Cansei de ver e ouvir pessoas dizendo que estão só esperando o momento certo para fazerem algo na sua vida que há muito tempo é desejado. “Só vou trocar de emprego no momento certo, ainda não é hora.” “Não posso viajar nessas férias, quem sabe na próxima seja o momento certo?”Confesso que eu sou uma dessas pessoas que usa o tão falado “momento certo” como desculpa para não ir atrás do que meu coração implora. Por algum motivo meu cérebro grita “ainda não é hora.”
Hoje estava pensando se isso realmente existe, ou se é apenas outro meio que arrumei de fugir do que me aguarda. Sempre tive muito medo de tudo que pode acontecer, das coisas fugirem do meu alcance e, no final do dia, estar deitada na cama, com a tão temida frase na cabeça: “Poxa, ainda não era hora.”

Será mesmo que não era a hora? Quando eu vou saber a hora certa para deixar pra trás aquele ressentimento guardado da minha amiga que tanto me magoou? Acho que eu ainda posso guardar um pouquinho, afinal, o orgulho fala mais alto. E será mesmo que o próximo ano é o tempo certo para me casar e assumir uma família? Com essa crise, é melhor adiar. Ainda temos tanto tempo para isso, né? Namoramos há tanto tempo que mais uns anos não farão diferença. Ou talvez ainda não seja a hora de trocar de emprego, acho que posso aguentar esse chefe insuportável mais dois anos, quem sabe ele não desiste primeiro? Ainda não é tempo de seguir minha carreira como escritor, preciso ter dinheiro guardado e assegurar que não irei passar apertos.

O momento certo não existe. Nunca existiu e nem nunca vai chegar. Nem pra você, nem pra mim, nem pra ninguém. Desculpa quebrar suas expectativas logo assim de cara e não ter escrito algumas palavras para eufemizar o que eu quero dizer, mas às vezes a gente precisa mesmo é de um choque da realidade.

Acorda para a vida, abra os olhos de verdade. Eu sei que eles estão abertos agora, mas você está atento ao que realmente está vendo? O momento que você esperou por toda sua vida é agora. Ele não está no futuro, ele sempre foi o seu presente e você nunca percebeu. Ele não vai te pegar de surpresa, você não vai sentir um sopro no coração e ter a plena certeza de que a hora é agora. Toda hora é hora.
Se tem alguma coisa que não te faz feliz, porque adiar sua partida? Largue agora no passado todos os sentimentos ruins que você vem carregando consigo todo esse tempo. Deixe sua bagagem mais leve, abra espaço para coisas novas e que te preencham com leveza. Se o emprego não te satisfaz mais, não há porque continuar. Acordar cedo todos os dias e ir para um lugar que não te faz bem, onde você se movimenta mecanicamente realizando todos os afazeres por pura obrigação é maçante, deprimente. Vá em busca do que excita seu coração. Não há nada melhor do que uma alma sorridente.

Pare de planejar tanto assim. Nada na vida é perfeito, nada é como você realmente quer. Tudo pode ser bem mais simples se você começar a ver a vida de outro jeito. Deixe para trás tudo o que não te acrescenta e abrace as novas coisas que estão por vir. Pare de arrumar desculpas adiando aquilo que você tanto quer mas, por puro medo, não arrisca. Não tenha medo de abrir mão do que é seguro ou só porque é viável. Coloque a cabeça no mundo pra valer e vá atrás do que seu coração implora toda noite. Eu te garanto que a vida não vai chegar e sussurrar no seu ouvido: “Prazer, eu sou o momento certo.” Não espere por isso, vá atrás e diga você: “Oi, este é o meu momento certo.” Diga e viva todos os dias como o momento certo.



segunda-feira, 24 de agosto de 2015

You were the beacon I followed home.


Todo mundo quer encontrar o grande amor. Mas, ao mesmo tempo, ninguém quer dividir tristezas e desilusões, sentir as incansáveis dores físicas, passar por torturas psicológicas ou ficar noites sem dormir. Ninguém quer ter que aguentar o outro de mau humor, suportar as diferenças, compartilhar e ceder.
As pessoas querem mesmo é viver apaixonadas, curtir aquele desejo e vontade de fazer sexo todas as noites, tomar sol em uma casa de veraneio na praia ao som dos pássaros cantando e viver o sonho da família Doriana. Por isso, os amores de hoje são tão descartáveis. A cada esquina se acha alguém para se apaixonar, mas ninguém para amar. Cadê as pessoas que estão dispostas a suportar, no dia a dia, as imperfeições e que estão afim a criar problemas e, depois, resolvê-los juntas?

Está tão clichê dizer eu te amo e fazer amor (que nem pode mais se chamar de amor), que andar de mãos dadas não reflete companheirismo e um elo, mas sim, só mais duas mãos e alguns passos, que podem seguir separados. O que mais me impressiona não é nem o fato do “felizes para sempre” estar quase que em extinção, mas a coragem que as pessoas têm de, quando não conseguirem fazer as coisas darem certo e enfrentarem dificuldades juntas, se consolarem com o simples “Não era pra ser…”. Porque afinal, a culpa toda é do destino.


Esses dias estava tentando resolver um cubo mágico e me irritei tão fácil que obviamente não cheguei nem na primeira lateral de cores. Fiquei pensando na quantidade de coisas na vida que deixamos passar por falta de força de vontade. Com o amor é assim. Não queremos unir o azul, o amarelo, o verde, o branco e o vermelho, queremos só o vermelho e pronto. Mas para tudo e todo tipo de amor, sejam entre homens e mulheres, amigos e familiares é preciso de uma união de cores, sentimentos e mais do que isso, paciência. Tudo precisa se encaixar no lugar certo. Só que nós precisamos fazer nossa parte para que isso aconteça. Tentar, quem sabe?

Muitas vezes nos contentamos em amar pela metade só porque achamos que felicidade é se manter apaixonado, sempre. Paixões são instantâneas. Isso vai e vem. São lindas, concordo, e fragmentos do amor, mas, meu caro, apesar de estourar fogos de artificio no seu estômago infelizmente não durarão por uma vida inteira.

Não é só somando alegrias e momentos bonitos que se ama, é no meio da turbulência que se descobre o verdadeiro amor. Tem uma frase de Clarisse que eu adoro que diz o seguinte: “Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil.” E acho que isso resume tudo. Paixão e carinho caminham juntos, mas para amar precisa-se de muito mais.


sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Coloque-se no meu lugar...


Dizer adeus à pessoas, hábitos, objetos, lugares não é fácil. Nunca foi. Às vezes pensamos que não vá acontecer conosco e, se sim, costumamos adiar o máximo possível porque sentimos como se fosse uma das coisas mais difíceis de se fazer e de se passar (ainda mais quando é algo permanente).
De repente, você se pega naquele instante definitivo e dramático com lágrimas nos olhos e um aperto no coração. Penso que é um daqueles momentos de impacto no qual nos vem à cabeça tudo o que vivemos com quem ou com o que estamos dizendo adeus.

É a pior sensação do mundo perceber que não vamos mais viver aquilo novamente ou que nunca mais (pelo menos não com a mesma frequência) veremos tudo e todos que fizeram parte dos nossos momentos. Que acabou. Fim.

E quando você sai às coisas não melhoraram, pelo contrário, esse choque é muito mais real. Somente com o tempo somos capazes de lidar, seja superando ou se conformando.

Esse tipo de adeus é consciente e cru e o mais engraçado de tudo é o fato de ele ser sempre o primeiro (às vezes o único) que nos vem à cabeça quando tratamos do tema. Aquela coisa trágica e espalhafatosa. Contudo, há também aquele adeus inconsciente e silencioso que você nem percebe chegar e se instalar ao seu lado na caminhada.

À medida que a vida segue, alguns nós se enfraquecem e, por mais que tentemos apertá-los de novo, eles insistem em se desfazer espontaneamente. Ficamos ocupados demais com outros momentos, outras aventuras e outras pessoas. Não é nossa culpa.

Sabe aquelas conversas que costumavam durar 24 horas? Agora duram apenas alguns minutos. Aquelas visitas semanais passam a ser anuais. Aquela saudade forte passa a dar lugar a uma rotina que ocupa todos os seus pensamentos. Você não procura e nem insiste mais como antes.
Aquele costume não é mais tão comum, aquele objeto vai parar na lixeira ou na caixa de doações e aquela peça de roupa vai ficando no fundo do armário. Aos poucos, muito vai sendo empurrado para fora da nossa vida naturalmente.

O olhar simples sobre as coisas e sobre o mundo vai desaparecendo lentamente. A inocência se perde em algum lugar da infância. Os gostos há muito deixaram de ser os mesmos. Aquele antigo eu cede lugar ao novo. A verdade é que você sussurra adeus ao seu redor progressivamente, sem perceber.
Ele está em cada etapa encerrada da nossa vida. Está nos sonhos que desistimos ou naqueles que concluímos. Ele está estampado no rosto, no corpo e em cada fio de cabelo que cai. Está emoldurado naqueles porta-retratos e naqueles álbuns de família que, volta e meia, paramos para olhar. O adeus está no fim de cada dia e de cada ano.

É inegável que isso não vá acontecer com tudo e todos em nossa vida porque sempre haverá aquilo e aqueles que são permanentes.


Entretanto, esses adeuses são uma realidade em nossa porta. E sabe de uma coisa? Deixe que eles entrem e se acomodem. Permita-se dizer adeus, ame dizer adeus (seja ele de qual tipo for) e não encare sempre como algo negativo, como perda, como dano.

Costumo pensar que eles fazem parte do nosso ciclo de vida, do nosso contínuo processo de (re)construção, crescimento e amadurecimento. É como um decompositor que desconstrói e rompe um pouquinho diariamente, mas que no final também está nos transformando e nutrindo.
Sobretudo, perceba que há por detrás de cada um deles uma porta que se fecha, mas também uma que se abre revelando grandes horizontes e jornadas.



terça-feira, 18 de agosto de 2015

Tornou-se pedra a menina que um dia foi flor.



Nesses últimos dias pensei em como deixar de ser dependente emocionalmente de uma pessoa e consegui não saber.

Pensei várias coisas, criei perfil em um aplicativo de procura para conhecer alguém, ou melhor tentar conhecer. ( Porque hoje em dia, conhecer alguém é a coisa mais difícil de se fazer... ) Então olhando aquele aplicativo ali cheio de pessoas carentes, homens feios, melosos e nojentos, me fez ter mais nojo de conhecer outra pessoa na minha vida. Desativei a conta, porque mantar aquele procura não adiantaria, o papo não flui, a conversa nunca vai dar em nada. O bicho homem me enoja cada vez mais quando penso que manter aquele dialogo todo para conhecer alguém, não vale a pena, porque sei exatamente onde isso vai dar... em NADA!

Tentei interagir com a sociedade, voltar a conversar com algumas pessoas conhecidas, talvez os veria com outros olhos, mas nada teve a mesma graça, pois você sabe exatamente como a pessoa é, e ela não mudaria assim em tempos de distância. Então desisti de tudo, de conhecer alguém, de manter alguém na minha vida, porque você percebe que não vale mais a pena perder tempo, carinho com quem não quer ficar.

Uma vez me disseram que, quem é seu sempre ficará na sua vida, vejo que não tem ninguém nela agora, que não adianta fechar os olhos para caminhar no escuro, pois ninguém vai pegar na minha mão e me guiar pela escuridão. Que não importa em qual abismo eu cheguei, ninguém vai me segurar se eu cair. Que a vida só te mostra monstros, ilusões, como aqueles filmes de terror que passava na TV. Acredite ou não, justificativas já não me interessam, e eu não as tenho para nada.

Sei o quanto alguns erros da vida são guardados dentro de um cofre bem fechado, alimentado com dor, mágoas e rancor e um dia soltados na sua cara, na primeira oportunidade, tipico de pessoas que nunca aprenderam o que era sentir o amor, foi só da boca pra fora.

E não me venha com esse papinho que o coração está partido, dilacerado com as escolhas da vida, quem faz suas escolhas é você mesmo. Eu já tive meu coração amassado inúmeras vezes por pessoas mesquinhas que um dia conheci no caminho chamado vida. E ainda estou viva.

E foi assim que consegui me ferir ainda mais, dando mais oportunidades para me magoar, com aquela conversa de conhecer alguém, vai tenta, vai valer a pena, só mais uma vez, só desta vez... E foi desta vez, que tudo acabou com o pouco de dignidade que ainda me restava, com o pouco de amor próprio eu ainda tinha com minha personalidade. Vai tenta ser a melhor pessoa possível, aquela que todos queriam estar ao lado, mas que errou um dia lá em um passado distante pelas mentiras contadas por outrem, e foi crucificada em praça pública e deixada sangrando até a última gota de sangue.

Tenta ser a boa moça, aquela que gosta de músicas, poesias e natureza, tenta ser carinhosa, prestativa, disponível, tenta, e tenta... e no fim dar na mesma, porque não importa o quanto você for boa, se a outra pessoa não está na mesma sintonia que você, e não for boa de coração, ela vai te enxergar como uma pessoa louca, que faz tudo errado... e nunca vai perceber tudo que você fez por ela, das dores a alegrias para estar ao lado.

Melhor queimar a bruxa má na fogueira na frente dos outros, porque existe milhares de outras por aí que na ânsia de conhecer alguém, vão acabar em um abraço que pode não ser aquele que afaga, e sim aquele que enforca.


Tudo tornou-se um freezer, daqueles que tudo que toca torna gelo, e foi isso que senti quando você me tocou. Não existe mais lágrimas para cair, nem um sangue quente para jorrar, apenas restos de uma flor que queimou na geada.



segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Experimente...



No final do túnel existe uma janela. Talvez você precise antes passar por uma sequência interminável de portas fechadas e treinar seus ouvidos para o som da batida de cada uma delas, mas não deixe de caminhar. Eu sei que não tem a menor graça andar no escuro, e por não saber nada sobre o caminho, algumas vezes você irá tropeçar. Mas lembre-se, que é justamente essa coragem de andar por um lugar desconhecido e adquirir habilidade para se curar de cada tombo, que fará você começar a enxergar aos poucos frestas de luz. E pode não parecer, mas o som de cada porta se fechando um dia irá soar como música aos seus ouvidos. A canção de quem aprendeu a ler as esperas. De quem aceitou a partitura da fé e aprendeu a tocar as notas no momento adequado, na afinação de Deus."





sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Every time I see her.

Não quero o cara perfeito. Só quero o meu cara.

Porque eu não quero mais, sabe?
Porque muita coisa mudou, e dizem que aos 30 as mulheres ficam com mais preguiça de tudo que não é incrível.
Eu cansei de noites em claro com quem não muda o meu dia.
Cansei de minutos ao telefone, com quem não diz exatamente o que eu preciso ouvir.
Não sei mais desperdiçar carinhos.
Não é qualquer mensagenzinha no celular que acelera meu coração.
E entre meu sofá e um gostosão sem cérebro... deito e durmo tranquilamente.
Não troco facilmente meus livros por uma noite suando na balada e uma madrugada fedendo a cigarro.


Aliás, homens que fumam eu risquei da lista. Os que dirigem bêbados também. E dos que não tem muita intimidade com a gramática, tô fora! Eu sei que a lista diminuiu consideravelmente. E as possibilidades de "desencalhar" também. Mas eu não faço questão de nada agora, sabe? Lembro que aos vinte eu sentia uma carência enorme quando ficava algumas semanas sem alguém...
Se uns acham que fiquei mais fria perto dos 30, eu digo que fiquei é mais seletiva. E o amor-próprio? Vai muito bem, obrigada! E admito, um amor cairia muito bem! Mas amor de verdade, sabe? Daqueles que transmitem paz só de olhar. Alguém que me aceite com todo o meu histórico de amores mal sucedidos, e minhas teorias malucas sobre o verbo amar.
Alguém de quem eu não precise mais do que a minha própria vida, mas que precise de mim pra vida inteira. Alguém só meu. E que não sinta necessidade de ser de mais ninguém. Não quero o cara sarado da academia, quero o cara de coração bem resolvido.

Não quero o cara perfeito. Só quero o meu cara.
Uma vez alguém chegou, e cativou, pensei que eu fosse importante, mas no fim percebi que o meu amor era muito para aquele coração, e tinha todos os motivos para ser especial e preferiu ser apenas mais um.

E por isso eu espero, sabe? Sem procurar, porque isso me cansa demais. E eu ainda sou meio à moda antiga. Ser conquistada, pra mim, tem muito mais valor.
Eu ando naquela fase de me amar, pra saber ser amada depois. Eu ando me redescobrindo e me apaixonando por mim mesma. Tirei do baú os velhos gostos que sempre fizeram de mim uma boa companhia pra mim mesma. E vou vivendo. Não seguindo o fluxo das coisas. Vou vivendo do meu jeito, com as minhas manias, os meus livros, as minhas poesias, minhas músicas e meu sonho secreto de encontrar meu príncipe, mesmo que não seja tão encantado assim, e de finalmente, viver o meu “felizes para sempre”.


Porque a felicidade que eu tanto procurava nos outros, eu encontrei dentro de mim.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Qual foi seu perdão?



A maioria das pessoas só enxerga seu próprio umbigo e somente os erros de outras pessoas, mas aqueles que ela comete, jamais são considerados erros, porque na ideologia da cabeça dela, tudo está perfeito, tudo é normal e natural. Mal sabe que o egoísmo não é virtude e sim um defeito.
Que pensar apenas no bem que pode receber dos outros sem dar um minimo de retorno vai te fazer feliz a vida inteira. Chega uma hora que a vida devolve tudo aquilo que você disseminou ao longo do seu caminho. Chega uma hora que ficar achando culpados para os erros falhos que você comete todo dia, já não tem mais sentido, e ninguém vai acreditar em suas histórias. Que a verdade já não faz parte do seu vocabulário, pois tudo são considerados escolhas.

Que erros cometidos por outras pessoas para com você, são julgados pouco perto das mentiras que você conta pra si mesmo. Mentiras que você acredita como sendo verdades em um mundinho criado só pra você. Afinal do que adianta pensar fora da caixinha?

Quantas pessoas foram enganadas ao longo do tempo por suas próprias mentiras? Quantas acreditaram que o erro delas era ser normal? Quantas deixaram uma lágrima escorrer pelas palavras ouvidas, escritas e malditas? Quantas acreditaram que o seu melhor não bastava para preencher um coração? Quantas sorriram ao te conhecer e hoje não podem nem ouvir seu nome?

Quantas pessoas você acredita que fez um bem danado, quando na verdade deixou um espinho espetado na testa? Quantas vezes tem se perguntando o que eu estou fazendo de certo?

Poucas vezes encontramos pessoas que assumem seus erros, mas se essas pessoas tem a coragem de se redimir diante de algo que foi enganoso, desastroso, e magoou alguém, pode ter certeza que elas tem um bom coração. Agora não se engane se a perfeição estiver refletida apenas no seu espelho.

Algumas pessoas erram uma vez e são condenadas para a vida inteira, mas tem aquelas que eram todos os dias e são perdoadas. Em qual das duas você se encontra?

Admiro aqueles que são verdadeiros desde o início de uma conversa até o final dela, pois arrumar desculpas todo mundo faz, mas quem é de verdade sabe até que ponto se pode acreditar no que todos falam.


Afinal, enquanto a procura não para, alguém já te encontrou, mas que por ironia do destino você mandou embora enquanto caçava piranha no lago.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Não confunda erros com escolhas.

Entre tantos caminhos encontrados pela vida, escolhi apenas um, entendi apenas um, e busquei apenas um. Me encantei com apenas um, admirei apenas um, e enlouqueci com apenas um.
E depois de todas as escolhas restar em apenas uma, percebi que não fui a mesma escolha que escolhi. Não fui a mesma flor que queria ser cheirada, a mesma lua que queria ser admirada, o mesmo vento que soprava... Percebi que os dias não são os mesmos, as palavras não tem o mesmo significado, que minha escolha se tornou um nada.

Entre tantas perguntas sem respostas, tantas frases sem sentido, tantas músicas sem melodia, tantas e tantas semanas me anularam para a realidade da escolha. Tantas cores se tornaram apenas uma, um cinza sem fim, o céu ficou cinza, a noite ficou uma imensa escuridão...
Buscar a felicidade diante de algumas escolhas se tornou algo meio ilógico, irracional, e irreal. O abstrato se tornou parte da realidade, e por mais que se tente entender porque existe essa linha tênue que se liga na ilusão, não há respostas.

Chega um momento entre vários outros, que cansa estar em meio a multidão e sentir-se só, sentir-se na solidão de uma conversa vazia, um sorriso falso, meias palavras sem tradução, e sentir-se ignorada quando na verdade seria melhor sentir-se amada.

Entre tantas escolhas, nada se torna agradável, nada encanta mais, e diante de tantas oportunidades que foram dadas, encontros e reencontros, ficando apenas com aquela interrogação triste de uma enganação... mais uma vez.

Se o sentimento existe, acho que o matei em legitima defesa.

Deixar o passado lá onde ele deve estar, e olhar e seguir o presente, se as escolhas nos fazem, porque não podemos fazer nossas escolhas? Deixar de viver com medo do passado, te faz prisioneiro dele, e nada que faça te libertará, e quem vive de passado é museu.

Se a melhor escolha e viver, ser feliz, porque insistimos em manter o que nos faz sangrar?
Liberdade, ame ou deixe-a partir...


segunda-feira, 10 de agosto de 2015

O farelo que ele oferece.

Minha amiga, ele não gosta de você. Gosta da cama, do colo, das marcas que deixa. De como a pele cora, o sexo molha, a unha arranha. Da respiração ofegante, do gosto das noites. É louco pelo perfume que você exala de madrugadas, quando a razão não toma conta. Mais nada. Ele não se importa, minha amiga. Só sabe ver o espelho. É veneno pro seu coração.

Ele se arrasta que até sangra, quando te precisa. Mas é de mentira. Ele te persegue como os rios, o mar. Parece devotado. Você acorda com o celular entulhado de mensagens sugerindo verdade. Mas, minha amiga, não é nem desprezo. É tudo falso, como maquiagem. É perecível o interesse dele. O que se mostra amor é só vontade. É capricho mesmo.

Ele te convence de um gostar intenso e talvez solte isso entre dentes. Ao lado dele, o ar tem música. A alegria pulsa. Espalha encanto pelas ruas. Você é a única, diz ele. Dela não gosto. Naquela não vejo beleza. Só você compensa.

Mas quando a lua se despede, ele foge junto. Deixa reticências. Ele não fecha a casa. Ele nunca interrompe vocês. Apenas pausa. A saudade aumenta com o silêncio, eu te entendo. Mas esse homem sempre escapa. É areia nos dedos. O que sobra é abstinência.


Nos intervalos dele, a vida segue apática. A música não tem estímulo. O olhar quase dorme. A energia desaparece quando ele some. Você se entrega. Mas dias assim não são raridades, você sabe. É o que traduz você e ele.

Quando o sorriso começa a voltar das férias, também ele volta. Um play no seu coração. Seria dolorido, se não apagasse com velocidade a tristeza que ele deixa toda vez que parte. Aí você injeta mais um pouco dele, porque sem ele é descontrole extremo.

O farelo que ele oferece, oxigênio.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Sobre as mentiras...

Quantas mentiras não inventamos para nós mesmos para aguentarmos o dia a dia? Para levantarmos de manhã, irmos ao trabalho, convivermos com gente que não acrescenta, com gente disposta a puxar o nosso tapete na primeira oportunidade?
Quantas mentiras não inventamos para nós mesmos para mantermos empregos enfadonhos, amigos sabotadores e relações doentias?
Quantas mentiras não inventamos para nós mesmos para não enlouquecermos diante das nossas dúvidas, do nosso medo, do nosso tédio, do nosso asco, da nossa solidão mais profunda que é aquela que encontramos quando nos perdemos de nós mesmos. 
Quantas vezes não suportamos o insuportável para evitar constrangimentos, conflitos, momentos estressantes e por fim optamos por morrer aos poucos como alguém que é envenenado dia a dia com algumas gotas de detergente na comida.
Chega uma hora em que é preciso encarar a merda. Olhá-la de frente sem medo de ver o quanto ela é feia e asquerosa. Chega uma hora em que precisamos aceitar que perdemos o controle da situação, que fomos engolidos pelas banalidades cotidianas, que deixamos de desenvolver o nosso potencial, que aturamos muita mediocridade por medo da solidão, que abandonamos nossos sonhos por cansaço ou preguiça de lutar. Chega uma hora em que não podemos mais fingir, dissimular e sublimar. É preciso admitir-se nu e demaquilado no palco da vida e lamber as próprias feridas e rir diante de tudo que deixamos para trás.
Vivemos em uma sociedade que nega a verdade. Vivemos em uma sociedade que acredita que se não tocarmos num assunto, ele deixa de existir. Vivemos em uma sociedade que nega a própria dor. No entanto, apenas membros sãos podem gerar dor. Sentimos dor quando estamos vivos, pulsando. Enquanto há capacidade para dor, há possibilidade de movimento. Não nos anestesiamos para a vida, para nós mesmos. Toda dor pode ser a oportunidade de um renascimento.