terça-feira, 29 de setembro de 2015

Por onde andam as pessoas boas??

São essas pessoas que o ajudam a se reconstruir com um simples abraço, e com elas você divide a sua vida. Ensinam coisas boas e mostram que o mundo pode ser um lugar maravilhoso para viver. Acima de tudo, as pessoas boas encontram em cada dia razões para lutar e serem felizes.

Elas não são arrogantes ou paternalistas, ao contrário, são pessoas pacientes. A paciência é a virtude que abrange a capacidade de dar liberdade e margem de erro para as pessoas ao seu redor.

A bondade é um bem raro, mas talvez mais comum do que imaginamos. Nem todo mundo é bom ou ruim em sua totalidade; dentro de nós acomodamos o bem e o mal. Tudo depende de como reagimos aos acontecimentos.

No entanto, muitas vezes encontramos pessoas que não foram corrompidas pela sociedade e seus interesses; não são capazes de ferir uma mosca. Você pode reconhecê-los facilmente, porque é a melhor pessoa que conhece e está sempre se aprimorando e buscando ser uma pessoa melhor. Desde que a conheceu, você se tornou mais forte e corajoso.
A bondade genuína tem a coragem de defender o que é certo

As pessoas boas têm um senso de direito e justiça muito especial. Suas palavras são sempre encorajadoras e tomam decisões que são verdadeiras “lição de vida”.
Elas vão além das obrigações morais e estão sempre prontas para ajudar. Fazem a coisa certa, mesmo que ninguém esteja olhando, e isso é muito valioso.
Ser uma pessoa boa é uma das maiores qualidades que podemos alcançar.

Em algumas pessoas a bondade é inata; são sensíveis ao sofrimento alheio e têm a capacidade de ajudar. É essa sensibilidade especial que torna essas pessoas inesquecíveis. Além disso, há momentos em que a bondade se mistura com a doçura e a pessoa se torna excepcional.
O lado positivo disso é que todos nós podemos nos tornar pessoas melhores. O objetivo da inteligência emocional é a bondade.

As pessoas boas são diferentes
Ao invés de tentar ser diferente, tente ser bom. Se for bom, será diferente. O que importa é a ação e o resultado final.

A vida de cada pessoa afeta milhares de outras no mundo, e o que fazemos pelos outros nos afeta diretamente. Por isso, é importante aproveitar esse efeito multiplicador.

As pessoas boas são feitas de um material diferente
As pessoas boas são sábias pois entendem, consciente ou inconscientemente, que o que fazemos aos outros fazemos a nós mesmos.

A melhor forma de recompensar uma pessoa boa é através da gratidão. Essas pessoas estão cientes de que, de uma forma ou de outra, a vida lhe devolve o que fez de bom ou ruim.
No nosso mundo ideal, achamos o sofrimento injusto, mas o sofrimento faz parte da vida. As melhores pessoas que conheço enfrentaram a dureza e as injustiças da vida. Já se sentiram vulneráveis e sem esperanças.

As melhores pessoas não são necessariamente as mais bonitas por fora, mas possuem uma beleza especial. São pessoas bonitas aquelas que aprenderam a perdoar, seguir adiante, persistir e estender a mão, descobrindo assim a grandeza do seu ser.



Obrigada a todas essas pessoas bonitas que nos dão tanto sem esperar nada em troca!
Seu valor é incalculável.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Por isso hoje eu estou partindo...

Quem quer não adia, aparece. Quem quer te ver agora, não vai deixar pra amanhã, mesmo que a distância seja incalculável ou já seja tarde pra isso. Quem quer, não deixa pra depois o que pode ser feito agora. Quem quer ficar, fica sem que a gente precise implorar. Quem quer cuidar, simplesmente cuida. Quem quer, provavelmente não vai suportar a saudade, não vai poupar sentimento e entrega pra te ter.

Quem quer, arruma um jeito. Quem sente vontade, faz saudade virar encontro, faz cinema virar motel, faz o cansaço virar amasso, faz dias frios mais quentes. Quem quer é capaz de viajar 100 quilômetros só pra te ver, e não interessa se o tempo fechou tão rápido, quem quer não vai pensar duas vezes em te ver hoje ou deixar pra próxima semana. Quem quer, não vive de conversas, não perde tempo, não arruma mil e uma desculpas pra justificar que não vai dar pra te ver hoje porque o dia foi cansativo demais.

Quem tem saudade do teu sorriso não se contenta só em ouvir a tua voz pelo celular, quem quer estar com você sentirá necessidade de te ver pra conversar sobre como foi o seu dia, sobre todas as coisas que te fez perder a cabeça e vai entender que é melhor te abraçar nos momentos mais difíceis do que te mandar um ''fica bem'' por mensagem. Quem quer te fazer bem, vai bater na tua porta com chocolates que comprou no meio do caminho pra tua casa e cervejas - é que o dinheiro era pouco e o vinho era caro. Quem quer realmente te ver, não esperará por um feriado ou por dias melhores que não tenham provas, nem muito trabalho pra fazer.

Quem quer te ver, não vai se lamentar, vai vestir a roupa mais próxima e sair com sorriso mais sincero ao teu encontro. Quem quer, não vai reservar um tempinho pra você ou um horário fixo pra te ver, vai te reservar a vida e vai te ensinar que quando a gente ama, a gente não mede esforços, a gente não quer o outro pra preencher aquele espaço que sobra na cama ou aquele tempo vago nos finais de semana. Quando a gente quer, a gente aceita o outro pra somar na vida, pra abrigar e torna-se abrigo, pra unir dois mundos.

Quem quer ficar, vai fechar os olhos em teu peito e permitir, sem medo, acordar só noutro dia. Quem quer, vai fazer corpo mole pra não levantar da cama e não sair da tua vida, vai roubar tuas manhãs, vai jogar os braços por cima de você e quando você perguntar se a posição da tua cabeça tá doendo nele, ele vai te responder que não. Quem quer ficar na tua vida, não pensará duas vezes antes de entrar. Ficará pro café da manhã e se possível pro jantar, é que o gosto do teu beijo vicia e ele seria burro em não prová-los ao máximo.

Quem quer ficar, vai encostar a cabeça em teu ombro e vai te deixar descobrir todos os medos e segredos, erros e defeitos, vai apertar a tua mão pra tentar te dizer algo em silêncio, e vai se despedir de você sem te tirar nada, te permitindo a liberdade e te deixando com aquela sensação de querer viver tudo e mais um pouco ao lado dela. Quem quer você, tem vontade de te repetir, de tomar todos os gostos com teu sabor, de provar todas as aventuras com você sem te dizer que precisa pensar, sem te dizer: ''hoje não dá'', ''deixa pra amanhã'', ''não tô a fim''. Porque quem quer, arruma um jeito. Quem não quer, arruma uma desculpa.




sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Amo sua loucura declarada...

Depois de alguns dias sem nada pra escrever... hoje foi um dia para retomar.
Muito foi preciso para que eu chegasse à esta confissão.

E agora confesso.

Quero dizer que você eu amo. Amo mais do que tudo. Amo com todos os seus defeitos, e eu posso dizer que já conheço cada um deles. Amo seu corpo com todas as suas imperfeições. Amo você a cada dia um pouco mais, mesmo que com isso você envelheça. Porque amo quem você é por dentro. Amo sua alma, seu jeito de acreditar nas coisas. Amo sua loucura declarada, sua paixão pela vida e sua vontade de amar, ainda que tenha quebrado a cara tantas vezes.

Amo você com toda essa sua história escondida, desde os tempos de infância até os últimos anos, sobre os quais você não gosta de falar. Amo você, mesmo quando se magoa com a falta de reciprocidade de seus amores, de suas iludidas paixões. Amo essa sua vontade compulsiva de falar; de se abrir, por palavras faladas ou escritas. Amo você assim.

Aprendi a amar você aos poucos, mesmo quando outros não o fizeram como você esperava. Entendi que outros não amaram você, porque simplesmente não puderam compreender a sua essência. Talvez nem tenham visto, quem você é de verdade. E mesmo assim eles tiveram o seu amor. Demorei a compreender e aceitar você. Com todos os males que você carrega, e ainda que sejam muitos, percebi que com meu amor, seus fardos ficaram mais leves.

Desde que amei você, seu sorriso ficou mais largo e constante. Seus risos subiram de tom e até seu corpo se tornou mais suave, com mais gingado.
Apesar de todas as suas dores, vejo em você uma força que guia seus passos sempre para frente. Uma força que não sei de onde vem, mas que me inspira e contagia.

Apesar dos seus dias ruins, nos quais você se pergunta “Afinal, pra que isso tudo? Quando é que tudo isso vai acabar?”, vejo no fundo uma esperança no viver que parece não ter fim.
Vou viver ao seu lado até o fim de meus dias. Decidi ser fiel à você, à todos os seus desejos e loucuras, ainda que uma sociedade inteira condene seu jeito de ser. Assinarei embaixo de cada atitude sua, de cada palavra e até de cada insanidade.

Vou com você buscar outros amores, outras paixões, desde que não se traia. Conte comigo. De você aceitarei tudo: seus momentos de fraqueza e de tristeza; você pode. Mas não vou admitir que se traia novamente, tentando ser o que não é. Quero ver você satisfazendo seus próprios desejos.

Quero viver a alegria de ser você, com todas as dores que isso possa representar.

Gosto de quando olha pro passado e tenta entender cada episódio de sua vida como um aprendizado, como em sua cabeça tudo faz sentido e, cedo ou tarde, tudo se encaixa. Mas gosto mais ainda de como olha pro futuro, dando espaço ao seu presente, de ser o que quer que seja. Gosto do seu desprendimento, da sua energia e vontade de mudança, do seu ritmo, que varia de acordo com a dança de sua vida.

Amar você foi a melhor coisa que já fiz. Me desculpe, por todo mal que já causei com a falta do meu amor. Me perdoe pelas vezes em que não aceitei você, causando tão intensa dor. Perdão quando não deixei você sofrer o que precisava e teve que prender o choro. E mesmo assim você derrubou suas lágrimas incontidas. Me desculpe por toda falta de amor e pelos falsos e poucos amores. Você merecia mais, eu sei. Agora eu entendo tudo muito melhor.

Você precisava de mim e de todo meu amor, que agora é todo seu. E sempre será.
De mim, pra mim mesma.


terça-feira, 8 de setembro de 2015

Ainda Não Passou...



Enfim não vou mais postar nada nesse blog, por tempo indeterminado...
Não tem mais graça, não tem mais vontade, não tem mais vida.
Tudo ficou cinza e morre lentamente.

Não tem mais porquês, não tem mais motivos...
Não tem mais nada... só restou tristezas e lembranças mais tristes ainda.
Não vale a pena... prefiro morrer!
E realmente terei que ir embora desta cidade, para não encontrar mais nada perdidos por aí...






sábado, 5 de setembro de 2015

Always in my head...

Mais uma vez ele viu o relógio mudar rapidamente de 6 para 7 os minutos da quarta hora da madrugada. Apesar da quase rotina, esse hábito ainda causava um certo desconforto; parecia haver hora certa para lembrar dele. Balbuciou o palavrão de sempre, estalou os dedos e procurou os óculos no escuro. Já previa a dor nos olhos antes mesmo de acender a luz, então decidiu descer a escada no breu mesmo. Abriu metade da janela, observou a chuva por alguns minutos, lembrou das noites chuvosas ao lado dele, lembrou do vidro embaçado e da música suave das gotas atingindo-o, lembrou do edredom roxo ou violeta ou púrpura – nunca soube qual a verdadeira identidade cromática do negócio e também não levou o assunto à ele – e do gato dormindo embaixo da cama. Lembrou dele, do sono dele, da maneira como os olhos dele se apertavam quando ele dormia, das asas redondas do nariz, dos lábios carnudos convidando-o para um beijo. Lembrou do cheiro da respiração dele e respirou profundamente, como que querendo encontrar tal cheiro no ar. Falhou.

Foi acordada do sonho-acordada por uma distante sirene de polícia, andou lentamente até o fogão e aqueceu uma medida de leite. Enquanto aguardava, reparou na quase dúzia de folhas de caderno escritas e rasuradas e espalhadas na mesa numa ordem que somente ela entendia. E nessas folhas, palavras que somente ele entenderia.

Sonhou de novo, e dessa vez com os vários bilhetes que escondeu pelo quarto dele, bilhetes recheados de pequenas juras e promessas e micro-elogios que arrancariam dele aquele sorriso que só ela conhecia, bilhetes assinados pela metade, que mostravam o quão inteiro ela era com a metade dele. Acordou novamente, dessa vez com o cheiro de leite fervendo, xingou a vaca, disfarçou muito mal um sorriso, terminou de preparar o capuccino e aqueceu a garganta com goles curtos. Era normal esquecer do mundo quando se lembrava dele. Era comum.

Largou a xícara na mesa, apagou a luz e, antes de voltar à cama, viu a luz amarela e deprimida de um poste atravessar a janela e repousar na cadeira ao lado. Como previsto, sentiu o costumeiro aperto no peito e também a solidão tocar-lhe os ombros. Tudo naquela casa lembrava dois, à dois, os dois, mesmo sem nunca ter existido dois naquele espaço. Repare bem: naquele espaço. A cadeira vazia servindo de repouso para o violão, o número de talheres e pratos e copos, a mesa redonda e pequena, o box do banheiro, a cama de solteiro (para dormirem mais próximos). Sentiu o chão gelado abaixo dos pés e desejou os pés dele colados nos dela. Voltou pra cama, olhou a foto dele na tela do celular, rezou por ele e reclamou consigo mesmo, com seu próprio deus, sobre as lágrimas que se acumulavam nos cantos dos olhos contra sua vontade. Alguns minutos depois da quarta hora da madrugada, ela tirou os óculos e os deixou no chão mesmo; ele não estaria ali para pisar neles meio que por engano. E como esperado, não dormiu.


sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Tell me you love me...



Foram inúmeras tentativas, incontáveis...
Ao abrir a boca só conseguia pronunciar: adoro você, você é fofo, você é especial, mas o “EU TE AMO”; nem pensar.

Já tinha tentado, ensaiado, coreografado, mas não saía; parecia que a garganta travava, que as cordas vocais falhavam... Pensei ensaiar em frente ao espelho, talvez fosse melhor, mais fácil, afinal, haveria “alguém” para quem dizer...me concentrei e olhei dentro de “meus olhos” refletidos no espelho...e continuei olhando...e igualmente não consegui...e mais, foi a pior tentativa; a imagem que me olhava do espelho em nada se parecia comigo... a imagem para quem eu “precisava” dizer EU TE AMO, me era desconhecida...

A princípio fiquei estática, pensando ser o meu “congelamento” comum ao querer dizer a “maldita” frase, mas algo diferente acontecia; eu não conseguia desviar meu olhar “daquela” que do “outro lado” me olhava...ela me incomodava, ela me “observava”, como tentando decifrar-me, não piscava...e eu que ali parei só para treinar dizer uma simples frase, agora não conseguia sequer sair dali, mas que droga!!

Mas por que? Por que eu também não desviava meu olhar? Por que também eu não conseguia sair de frente do espelho e parar de olhar para aquela “desconhecida” que não cansava de me mirar?
Algum tempo havia passado, de repente eu tive a nítida sensação de que “aquela estranha” se aproximava mais, que sua imagem chegava mais perto de mim, apesar de eu sequer ter me mexido. Vi um sorriso, quase imperceptível em seus lábios, e disse para mim mesma: ok, agora enlouqueci de vez, faltava pouco, agora eu consegui!!!
Aquela “estranha” olhou-me mais fundo; paralisei, e com a voz mais suave que meus ouvidos já puderam sentir, “ela” me disse: EU TE AMO!!

Sacudi a cabeça, abri e fechei os olhos várias vezes, mas ela continuava ali, me fitando da mesma forma, com aquele mesmo sorriso, e novamente, quase que soletrando “ela” docemente, suavemente repetiu: EU TE AMO!!!

Nesse instante o tempo parou; no rosto da “estranha” eu vi todas vezes, as muitas, incalculáveis vezes que EU NÃO ME AMEI, todas as vezes que ABRI MÃO DE AMAR, todas as vezes que por quaisquer tolas razões EU FUGI, que NÃO ME PERMITI ME AMAR...
E apesar de todas as lágrimas que corriam em minha face, eu sorri para aquela que já não me era estranha, eu retribuí o sorriso daquela que eu antes desconhecia, e neste momento, o sorriso que refletia no espelho me parecia conhecido, não mais da “estranha”. As linhas dos olhos eram idênticas, o desenho das sobrancelhas era o mesmo... e com o coração pulsando e o sangue correndo velozmente em minhas veias, eu olhei fundo para aquele olhar e finalmente... “EU TE AMO”.
Aquele semblante suave, agora idêntico a mim, foi lentamente esvanecendo no espelho, mas ainda com suave sorriso nos lábios, e antes que ela pudesse dissipar de vez, eu ainda pude mais uma vez olhá-la e dizer; EU TE AMO!!

Nosso tempo passou?

Eu poderia ficar acordada a noite inteira, apenas para ver-te dormir. Observar seus sorrisos involuntários ao sonhar. Poderia ficar presa em torno de seus braços em algo por volta do para sempre.

Gostaria de entender as razões pelas quais não me sinto mais parte de seu mundo. Nem ao menos me sinto amada por alguém. Me sinto vazia. Não sinto nada. Seria isso ruim?
Gostaria também de encontrar alguém que fosse como eu. Que me dissesse algo  que melhoraria instantaneamente meu dia. Com um sorriso que me fizesse sorrir. Alguém que conseguisse provar que o amor existe e que eu tenho sim, motivos para acordar sorrindo todos os dias.

Gostaria de poder ficar acordada a noite inteira, apenas para sentir a respiração desse alguém. Desse alguém que agora só mora em meus sonhos.




quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Obrigada e volte sempre.

Sim, eu queria te agradecer por todas as noites que passei chorando por você. Por todos os chocolates e brigadeiros que eu comi pensando em você. Queria agradecer por todas as festas que recusei, por ter medo de te encontrar e não saber como agir. Queria te agradecer por me mostrar que depois de tanta felicidade eu ainda poderia sentir dor, e que essa dor me ajudaria a ficar melhor.

Quando você deixou o meu coração em pedaços, eu pensei que nunca seria capaz de juntar todos os caquinhos que foram espalhados pela sala, pelo quarto, pela varanda, pela cozinha e por todos os lugares por onde a nossa história passou. Eu pensei que para sempre eu teria furinhos no meu coração e que eles jamais pudessem ser preenchidos novamente.

Você partiu meu coração e partiu, não deixou nem mesmo uma cola para que eu tentasse repará-lo. Não me mandou notícias, não se preocupou comigo. Logo você que sempre foi tão atencioso, que sempre quis me proteger, que sempre esteve ao meu lado. Você apenas abriu a porta, trancou e jogou a chave fora, sem chance e nem vontade de abri-la de novo algum dia.

Obrigada por me fazer lembrar que existem sentimentos que eu pensei que nunca mais poderia sentir, obrigada por me deixar ao lado do telefone por dias e dias esperando por uma ligação sua. Obrigada por me fazer olhar as nossas conversas mais de um milhão de vezes procurando onde eu poderia ter errado, procurando saber onde EU estraguei tudo, onde eu fiz com que você deixasse de me amar. Obrigada por me fazer acreditar que eu poderia ter alguma culpa por uma decisão que foi sua, que eu poderia ter feito algo diferente.

Mas, apesar de tudo, eu te agradeço pelos momentos que vivemos, os bons e os ruins, os risos e as brigas. As músicas, as poesias, as brincadeiras, que só nós dois entendíamos. As risadas, que não foram poucas. Você fez parte de uma história que eu vivi, mas que, infelizmente, acabou.

Eu aprendi que as coisas nem sempre são como nós planejamos, que finais felizes são realmente finais e apenas existem nos filmes da Disney. Que depois do “Happy End” ainda existe uma vida inteira pela frente e, infelizmente, não podemos viver em uma bolha que repele as coisas ruins, pois coisas ruins acontecem com pessoas boas o tempo todo. Não existe um culpado pelo o que não deu certo. Aquele papo de que “não é você, sou eu” é mais furado que blusa de telinhas.

Quando eu tive o meu coração despedaçado por sua causa, eu aprendi que eu posso ser forte, eu aprendi que todos os clichês estavam certos e que, sim, o tempo é um dos melhores remédios. Eu descobri que um coração partido nunca será o mesmo de antes, mas que ele pode se tornar um novo coração. Por isso, e por tudo, eu agradeço pelo dia em que você partiu meu coração, pois nesse dia eu percebi que eu poderia viver, mesmo sem ter uma parte de mim.


Hold on to what you've got, Let go of what you're not.


Então ele foi lá e fez... todas as coisas que eu já sabia de cor que ele faria, que acharia uma maneira de me ferir, típico. Eu já sabia de quais eram as músicas e as pessoas que ele voltaria a ouvir. Eu já sabia quais eram as palavras e as poesias que ele voltaria a declamar. Eu já sabia dos lugares que ele voltaria a andar e porque iria até lá.

Eu já sabia quantos amigos ele voltaria a ter, e quais manteria distância.

Eu já sabia de tantas coisas, mas queria acreditar que não fosse real. Já sabia como e porquê!

Eu já sabia quais fotos ele guardaria e quais esqueceria na gaveta, eu já sabia de quais características ele viveria e porque queria sempre manter a estatística de beleza.

Eu já tinha escrito e reescrito tantas palavras aqui... mas que achei melhor apagar.
Eu já sei onde isso iria dar, onde deu e onde continuará dando.

Quais são as pessoas que serão encontradas, quais as cores que serão admiradas, e quais os olhos que serão contemplados. Pena que ele jogou todas as nossas lembranças pela janela, quando alguém lhe deu a mão.

Quisera eu também feito o mesmo, pena que eu não sou de papel, e não tenho sentimentos descartáveis. Se o tempo for meu amigo, ele vai me ajudar a entender.




quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Aliás, para bom entendedor, um pingo é chuva.


As prateleiras de produtos bipolares do Mercadinho das Ilusões estão repletas de novidades para os que padecem de velhos dilemas como ser ou não ser, comê-la ou não comê-la, casar-se ou comprar uma bicicleta de 12 marchas com câmbio Shimano. Mesmo sem pedirmos, a vida nos reserva os seus intrincados joguetes, encruzilhadas, novelos e atropelos. É pegar ou largar.

Percebendo o alastrado nicho de pintos — nós — a ciscarem infelizes no lixo, o Mercadinho das Ilusões abarrotou as suas gôndolas com produtos indefectíveis, emoções perecíveis e dramas por sinal risíveis. Quem quiser, que faça uso para um bom combate. Aliás, para bom entendedor, um pingo é chuva. Eis a mercadoria em promoção do texto de hoje:

Livros de “como fazer amigos” para quem detestou “Cem Anos de Solidão”. Velas de 7 dias para queimarmos de segunda-feira a domingo. Valas rasas para enterrar desilusões profundas. Partos naturais a seco para o beneficio dos fetos hidrofóbicos. Pás mecânicas para amores encalhados. Binóculos para estúpidos cúpidos. Câmaras de gás hilariante para rirmos das próprias desgraças.

Chicotes de vento para os domadores de palavras. GPS para percorrer os labirintos de uma mulher. Corações de lata para quem não se permite sair dos trilhos nem que seja para descarrilar um pouquinho. Pelotões de fuzilamento para matar a saudade.

Dores de cabeça para conter o ímpeto das ninfomaníacas. Bonecas infláveis que dizem eu te amo. Pilhas alcalinas para amantes sem vibração alguma. Salvas de canhão em tributo a um grande amor que já morreu. Cancros moles para quem tem coração duro. Bíblias traduzidas para a língua do pê. Defesas milagrosas para goleiros ateus.

Sandálias que não soltam as tiras de quem já está com um pé na cova. Óculos de cebola para homens que nunca choram. Passeios de buggy nas dunas de Natal — com emoção — para desconsertar pessimistas. Balas de festim para casais-felizes-para-sempre-até-que-a-morte-os-separe. Uma penca de advogados.

Tornozeleiras eletrônicas para deputados federais com mandatos vigentes. Esquinas completas — vão ver se estou numa delas! — para humanizar Brasília. Planos de fuga do Plano Piloto. Ordem e progresso. Penitenciárias de segurança mínima pra facilitar a fuga da verdade. Prisão perpétua para o amor dentro do peito.

Planos de Doença para suicidas potenciais. Asas da imaginação para voar nos céus das bocas. Mentiras convincentes para serem ditas num leito de morte. Dicionário de “minhas últimas palavras”. Uma dúzia de sorrisos francos extraídos do cerne de crianças nativas da Amazônia e de todos os canteiros do planeta. Esperança a granel para os que acabam de nascer. Pores do sol portáteis pra gente acender nas noites tristes.

Eu vi, eu vejo, eu sei...

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Se eu tivesse mil vidas diferentes, eu te amaria em todas.

E depois de mil dias enfim setembro chegou. Eu procurei mil rostos, mil sorrisos e mil palavras, mas nenhuma fez sentido. Procurei mil caminhos, mil músicas, mas nenhuma tocou meu coração.
Depois de mil procura, mil maneiras, sei que não existe ninguém igual a ninguém, e que por mais que se procure algo pra se substituir, nada terá a mesma graça.
Aqueles olhos que refletem luz no meu coração.


Você pode encontrar alguém que goste de chuva, mas que não vai querer passear contigo e se molhar.
Você pode encontrar alguém que fale de amor, mas não vai querer dormir ao seu lado todos os dias.
Você pode encontrar alguém que tenha um corpo malhado, mas não vai querer discutir poesias, MPB e Chico Buarque.
Você pode encontrar alguém que goste de cerveja, mas não vai querer rir até de madrugada com você e aguentar sua crise de choro.
Você pode encontrar alguém que escute Jazz, mas não vai querer ir contigo em um concerto.
Você pode encontrar alguém que tenha olhos verdes, azuis, caramelo, arco-iris, mas que não vai olhar pra você com o mesmo carinho.
Você pode encontrar alguém que diga que te ama, mas será apenas da boca pra fora.
Você pode encontrar alguém que olhe em seus olhos, mas nunca no seu coração.
Você pode encontrar alguém que te faça um cafuné, mas não retribuirá o mesmo desejo.
Você pode encontrar alguém que goste de animais, mas nunca da mesma maneira.
Você pode encontrar tantas coisas parecidas, mas somente uma será única.
Se juntássemos as pequenas alegrias, seríamos felizes todos os dias..