quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Decido ir embora...


Por que no final da tarde dá mesmo essa vontade de deixar pra lá. Não importa quantas xícaras de café ou taças de vinho que vamos esvaziando quase sem perceber, a noite se aproxima tão pesada e solitária que tenta afundar o que há de concreto em nós.

No fim da tarde estamos tão cansados que só queremos ser acolhidos, procuramos cada lugar pequeno, apertado e escuro onde possamos nos esconder dessa imersão não consentida. Queremos tropeçar e cair, torcendo para que a queda machuque, porque assim poderemos chorar uma dor física e no meio de toda lamentação colocaremos também toda a frustração invisível.

Às vezes, quando o sol vai se pondo, revelamos a parte mais sensível e delicada que possuímos. Somos fracos, cansamos de ser forte. Os discursos outrora escutados com desdém agora nos atravessam como fecha inflamada bem no meio das nossas certezas de concreto. É efeito dominó, colocamos tudo em cheque. Será que vale a pena? Será que vale mesmo a pena?

Por isso mesmo queremos nos esconder, estamos expostos. Estamos indefesos, assustados e sem rumo. Tudo é motivo de dúvida, de se pensar umas duas vezes ou até mais. Não queremos fazer investimento sem fundo, queremos ser fortes. Contudo, estamos cansados de sermos super-heróis. E no fundo não é do mundo que estamos com medo, mas das nossas escolhas, daquilo que não escolhemos e daquilo que queremos.

O engraçado é que no fim do dia acabamos pensando, o mundo é mesmo um sujeitinho egoísta que não se importa com as feridas e confusões da alma humana… Mas, só estamos cansados de ser tão mecânico e impessoal. Não dá pra ser filtro o tempo todo, estamos tão cansados de selecionar o que nos atravessa ou não, mas ser esponja também é assustador.

E é assim que amanhecemos em uma noite afundada em escuridão: cansados, assustados, com as certezas a despencar ladeira abaixo, com uma garrafa de café ou vinho vazia, com a alma inundada em tanta incerteza.

Só não sabemos que no fim da noite poucas coisas terão sobrevivido ao fim de tarde. As certezas de concreto vão mesmo se esvair, é natural. Contudo, as “certezas por um fio” permaneceram intactas, elas podem ser imersas as mais profundas tempestades e avaliações, sempre, e sempre, irão emergir ainda mais fortes e invisíveis.

E o caminho de casa… Podemos mudar as certezas de lugar, podemos mudar as incertezas de lugar, podemos mudar a casa de lugar, mas jamais esqueceremos o caminho de casa. Jamais nos esqueceremos de quem nos deu abrigo no fim do dia.

D. Andrade



sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Tão inocente e cheia de vida.

Encontro uma paz,
Algo que me faz tão bem.
Não é uma dependência mais, 
O encanto está desaparecendo, dia após dia...
Um olhar de paisagem, um sentir mais que nada,
Sem querer ficar, sem se importar.
Vejo com calma, o que antes era tormento.
Não busco ninguém, apenas esquecer.
Sem generalizar, sem calar,
Apenas uma distância causar.

Se a companhia chegar, que fique sem medo,
Que não seja dominada pela dor, e sim pelo amor.
Se a página virou, o capitulo acabou,
Não foi sem tentativas mil, por um coração que acreditou.
E nem uma andorinha sozinha faz verão.

Encontrar a paz, 
Querer ser feliz, ser feliz...
O tempo é de merecer, de cultivar corações quentes,
De apagar velas que não queimam mais, de um sentimento que ardeu muito.
Cantar a música e lembrar de algo que poderia ser perfeito.
O tempo passou...
                                    (Eu)


sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Quero acordar!

Parece que esse pesadelo nunca vai acabar, qdo eu vou deixar as coisas para lá? Queria acordar, olhar para o lado e ver que eu não sinto mais nada, nem um tipo de sentimento, ressentimentos, simplesmente Nada! Quero um ano novo, feliz, com oportunidades e realidade,  sem mentiras, sem ilusão, sem essas coisas tristes que tenho sentido, que não fazem sentido para eu sentir, não mereço sofrer assim, em vão, sem luz... Acredito que o tempo passou, já não somos adolescente, mesmo que algumas pessoas insistem em ser eternas crianças. Mas, o que importa é ser feliz, e esquecer a dor!
Dor que mata, que tortura, e faz viver nessa melancolia ridícula que vejo em tudo.
Desligar de mídias social faz um bem enorme, por que o que os olhos não vêem o coração não sente, e isso é fato! Para quê ver coisas que causaria maior dor no processo de desintoxicação, evitar é o melhor remédio.
Cansei de ser boneca...  isso não é vida!

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

E se a vida fosse uma foto?



Quando alguém fala: "Faça sua lista de metas, objetivos para o próximo ano". A única coisa que me vem a cabeça é ... Ser feliz!
Porque a felicidade resume tudo! Se você está feliz, tudo ao seu redor flui naturalmente, as situações se resolvem e tudo se define.
Mas, experimente não estar feliz, então verá que tudo começa a dar errado, e mesmo que você tente, nada muda. Então o único objetivo para todos os começos de ano, é simplesmente Ser Feliz!
Ser feliz todos os dias, estar feliz e continuar sendo.
Já que não se pode voltar no passado e corrigir a tristeza, que pelo menos os próximos dias, semanas e meses sejam de carnaval, de folia, e muita música, pois cansei de funeral, de tristeza presente...
E o que contribui continue no meu caminho, senão que mude de estação, e suma pelo vento, com o vento e me liberte.
Precisamos ser, sentir e viver feliz, metade disso não sustenta uma vida.
"Não é o que eu sou por dentro que diz quem sou, mas o que eu faço que me define"