terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Far way...

Desceu as escadas da saudade, já era noite. A lua iluminava a cidade, iluminava  cada pegada que foi deixada na areia do tempo.
Ouviu o cantar dos grilos, o silêncio das palavras perpetuavam naquele instante.
Não conseguiu gritar como outras vezes que estava em cima do penhasco. Só restou aquela dor no peito.
Antes de sair, ensaio sua ultima canção na frente do espelho, olhou seus olhos tristes e lembrou: - como fui feliz um dia, hoje apenas saudade.
Seguiu em frente, chegou no mar e se jogou na água. Apenas uma coruja acompanhou seu pulo, não tinha mais palavras e desapareceu no infinito.
Na manhã seguinte, nada mais restou, só lembranças daquele saudade que se foi.
Não deixou poemas, apenas um bilhete dizendo: - espero que não me esqueça, estarei sempre ao seu lado, meu amor.

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