sábado, 17 de outubro de 2015

Bad Company

Aquele pensamento me entristece, aquele sentimento me deixa pra baixo...
Já nadei tanto contra a maré, já expulsei tantos medos e desconfortos, e ainda assim continuo me sentindo de mãos atadas. Como se eu me jogasse de uma ponte com os pés presos, sem saber como chegar a água, sem saber se amanhã ainda me sentirei assim.
Já corri tanto pra não pensar, para não deixar me levar e sempre volto naquela mesma dor, naquela que me mata, que me leva pra o abismo.
Nunca entendi como isso aconteceu, como ela surgiu e pra onde quer me levar? Fugir já não adianta mais, não consigo, não desprende.
E todas aquelas flores que brotaram no meu jardim, eu as arranquei sem dó, sem piedade, sem pensar duas vezes. Eram flores iguais, sem perfume e  sem cor, apenas brotaram como capim em um monte de esterco animal proliferando...

Até quando eu vou me deixar morrer todas as vezes?
Até quando eu vou ficar nesse mundo melancólico que não me pertence?

Como descobrir a cor lá fora se tudo o que vejo é cinza e preto, como a cor dos seus olhos.
Sempre que algo novo, colorido aparece, eu consigo transformar tudo em nada, simplesmente porque nada mais importa.

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