terça-feira, 21 de julho de 2015

Não sou mais eu...


Não entendo como e quando me tornei assim...

Se foi em meios a tantas sofrimentos que tive a obrigação de enfrentar, ser forte o tempo todo, estar de pé, erguida, cabeça no alto, sorrindo enquanto por dentro estava aos pedaços. Passei, suspirei, chorei sozinha, mas mantive aquela dignidade de não dar o braço a torcer, pois era o exemplo, eu era e sou.

Então a sociedade cresceu em meios a carência de carinho, ou a falta dele, a busca constante de atenção 24 horas por dia, 7 dias da semana, 365 dias por ano. E onde fica a individualidade do outro ser? Onde fica a liberdade de expressão? E onde existe a vida própria?

Vivemos em um local capitalizado pelo materialismo, pela busca de igualdade social, quando mantemos a manipulação de outras pessoas para usufruir apenas do próprio espelho.
E aonde ficou os Hobbies, o lazer, a vida íntima, aquela paz que se perdeu? Nem pra ir no banheiro se tem privacidade, para comer, temos que estar em constante interação com a vida digital, robótica que não nos deixa viver, sonhar, dormir... e os abraços cada vez mais distante.

E se eu contar que a tempos gostava daquela música pacata do Legião Urbana, mas que trazia uma paz, um momento de reflexão muito bacana para se ter, assim surgiu tantos estilos musicais, sensuais, que acabaram com tudo que se pode chamar de música, e você acredita que o fim do mundo chegou. Agora discordar com alguém sobre estilos virou quase uma guerra.

Não sei quando deixei de respirar, deixei de ser eu mesma, para me tornar algo que não é real, não pensa, não soa mais como legal. Ouvir pessoas carentes dizendo que você se tornou fria, te faz parecer cruel, mas que realmente você não precisa viver a mesma porcaria de vida que ela vive. Pera aí, você não precisa ser igual a todos para ser você!

Se alguém gostar de você com certeza será pelo seu Di- fe-ren-cial, agora te fazer iguais a todas as outras pessoas sem cabeça que apenas passeiam pela rua, não te fará melhor que elas, será uma cópia igual, alienada, que concorda com qualquer coisa que te falam, te mostram, apenas para dizer que está gostando, e está sendo uma boa pessoa. Boa pessoa você deixou de ser, quando se tornou a pior espécie de ser humano, sendo modelado como uma massinha de modelar, que vai perdendo a sua cor a cada situação constrangedora, cada perca de identidade, até por fim se tornar mais um lixo na sociedade, uma boneca inflável que não pensa, não fala, e muito menos existe.

Agora, você que se acha o manipulador dessa sociedade, sinto muito lhe informar, mas você também não tem identidade, pois age como se fosse uma parte diferente, quando na real está sendo igual. Pare, pense fora da caixinha, viva o que é real, viva a realidade de uma conversa frente-a-frente, um abraço demorado, uma gargalhada sincera, e procure entender qual o motivo que fez você voltar ao mundo, estar nessa vida e qual a razão de progredir. Ainda está em suas mãos a mudança.

Porque sobreviver, qualquer um pode, agora ser diferente a minoria consegue, seja parte dessa minoria que se destaca pelo cérebro, coloque esses 3% da consciência para funcionar, antes que ao ego tome por completa, e a morte seja aquele momento de pensar na vida. E aí? Será que vale a pena passar mais uma vez pelo sofrimento? E aquela empatia de ajudar o próximo... a caridade. Busque sem medo, sem dor, quanto mais você se doa para o bem, mas coisas boas acontece, agora só não vale ficar no meio do caminho atrapalhando o tráfego...


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