quarta-feira, 22 de julho de 2015

Devemos tentar ser autênticos...

“Eu já não aguento mais algumas coisas, não porque me tornei arrogante, mas simplesmente porque cheguei a um ponto em minha vida onde não quero desperdiçar mais tempo com o que me desagrada ou machuca.
Não tenho paciência para o cinismo, críticas excessivas e exigências de qualquer tipo. Eu perdi a vontade de agradar a quem não gosta de mim, amar quem não me ama e sorrir para aqueles que não querem sorrir para mim.
Eu não dedicarei um minuto sequer a quem mente para mim ou quer me manipular. Decidi não viver mais com fingimento, hipocrisia, desonestidade e elogios baratos. Não tolero erudição seletiva e arrogância acadêmica.
Não vou mais me misturar com a multidão ou a máfia. Eu odeio conflitos e comparações. Acredito em um mundo diverso e por isso evito as pessoas de caráter rígido e inflexível.
Na amizade eu não gosto da falta de lealdade e traição. Não me dou nada de bem com quem não sabe elogiar ou incentivar. Os exageros me entediam e tenho dificuldade em aceitar quem não gosta de animais. E acima de tudo já não tenho qualquer paciência para aqueles que não a merecem …”

Há certas fases em nossas vidas em que fingir ser aceito socialmente começa a perder o sentido. Sorrir quando não queremos, tentar ser apreciado por todos e ser perfeito é bastante cansativo, além de desesperador.
Nem tudo está bem e nem sempre estamos confortáveis, mas parece que somos obrigados a sermos pessoas alegres, felizes e tolerantes a tudo e a todo momento. Fingir é doloroso, e já é tempo de percebermos.
Nós muitas vezes fingimos que está tudo bem, mesmo quando realmente não temos nenhuma razão para estarmos felizes e contentes. Há circunstâncias complicadas que exigem emoções negativas como tristeza ou raiva.
O fato de serem negativas não significa que não são saudáveis. Ou seja, não é normal sentir tristeza quando quebraram seu coração, ou quando um ente querido adoece?
Não há nada mais doloroso do que tentar fingir estar bem quando alguma coisa está te prejudicando no interior. Isso acaba se voltando contra nós, nos colocando em uma espiral que nos absorve e aperta nossas almas.

Nossas emoções acabam centrifugando-se, se tornando enrugadas e cheias de prejuízos. Não nos damos conta de que estão nos envenenando e nos fazendo sentirmo-nos fracos, porque não apenas vivemos “enganando” os demais, mas também a nós mesmos.
Por esta razão, é necessário nos livrarmos da obrigação de estarmos sempre perfeitos e prontos, e começarmos a nos mostrar como somos. Porque, embora seja possível enganar o resto, você não pode enganar sua consciência.
“Fingir ser o que não somos apenas nos causa desconforto e até mesmo doenças como depressão, ansiedade, fadiga, lentidão, falta de esperança, insônia, irritabilidade …”
Devemos tentar ser autênticos e mostrar-nos como somos em todos os momentos; da mesma forma, é importante nos permitirmos cometer erros e não termos vergonha de nosso passado.
Se enfrentarmos tudo isso, vamos nos tratar melhor e poderemos reinventar nossas vidas. Porque ela não exige que sejamos perfeitos, mas felizes, e para conseguirmos, temos de aceitar nossas luzes e nossas sombras.
A lição mais importante da nossa vida é conhecermos, aceitarmos e amarmos a nós mesmos, mesmo que isso signifique que tenhamos de desaprender muitas coisas e abandonarmos crenças e manipulações às quais nos submetemos durante tantos anos …
Abra os olhos e se atreva a olhar para a sua vida sem anestesia …


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